quarta-feira, 8 de abril de 2009

ROTURA, PREVISÃO, ESTRATÉGIA, EXCELÊNCIA, QUALIDADE... EIS AS CARACTERÍSTICAS PARA UM NOVO SPM

O sistema educativo sempre funcionou. Funcionou antes de 74 à maneira das preocupações do regime de então e funciona em 2009. Hoje, escolariza-se muito mais numa tentativa de chegar a todos. O problema é saber se estamos a educar para o futuro em função dos quadros de referência que animam a sociedade. E neste aspecto o problema é muito vasto e complexo.
O que hoje preocupa os investigadores e os governos sérios, apostados em reduzir o fosso que separa relativamente à capacidade de resposta aos desafios do tempo que estamos a viver, é o problema, desde logo, de ter visão, de saber antecipar o futuro e de criar as condições necessárias de resposta ao que esse mundo exige. Ora, se aquilo que os governos demonstram circunscreve-se, apenas, à dinâmica do funcionamento do sistema, é evidente que não podemos esperar resultados significativos.
E o futuro que se deseja construir não está apenas no plano infra-estrutural, mas sobretudo no interesse futuro de tudo quanto se faz dentro dos espaços escolares. E neste aspecto não temos qualquer dúvida que há um conjunto de palavras-chave determinantes na construção do futuro desejável e que têm sido sucessivamente ignoradas: rotura, mudança, competência, previsão, estratégia, gestão, reengenharia, excelência, qualidade, criatividade, inovação, sinergia, liderança, comunicação, enfim, cada uma destas palavras com o seu peso e significado no contexto da Educação, constitui a base dos processos de mudança num sistema portador de futuro. Todas aquelas palavras não têm feito parte das preocupações políticas.
Quando a Madeira regista índices de pobreza gravíssimos, quando se constata uma histórica ausência de consistentes políticas de família, quando mais de 47% dos alunos são apoiados pela acção social educativa, quando o desemprego cresce, quando a toxicodependência avassala, quando o alcoolismo não é combatido com medidas drásticas, quando a desestruturação familiar, a violência e o crime preocupam a sociedade, não há sistema educativo que, de per si, consiga resultados.
Neste contexto há muito a fazer. É por isso que reconheço nesta equipa que se candidata aos órgãos do SPM uma capacidade ímpar para despoletar preocupações e conduzir o poder político a intervir de uma forma estruturada, não só na Escola mas também a montante do sistema educativo, nas famílias de onde provêm os grandes problemas da Escola. O SPM TEM NESTA MATÉRIA UMA PALAVRA A DIZER. Se nos calarmos é evidente que estaremos a consentir!
André Escórcio
Mandatário da Lista ALTERNATIVA SPM