quarta-feira, 15 de abril de 2009

CAROS COLEGAS... TEMOS UM NOVO BLOGUE

A partir de hoje todos os Colegas que nos acompanham podem acompanhar a ALTERNATIVA SPM no seguinte endereço:

www.alternativaspm.pt.to/

SÓ PODE SER LÍDER QUEM ASSUME UM COMPROMISSO COM A MUDANÇA

O problema que hoje se coloca é o da caracterização daquilo que Jon R. Katzenbach define como “verdadeiros líderes da mudança”. Para Katzenbach o atributo mais comum que une os VLM é saberem como alcançar altos padrões de desempenho através da alteração dos comportamentos e das competências das pessoas.
Hoje só pode ser líder quem assume um compromisso com a mudança. E esse compromisso com a MUDANÇA implica coragem para desafiar as bases do poder e as normas; saber gerir a auto-motivação e a motivação dos outros; capacidade de iniciativa para se moverem para lá dos limites definidos.
Só pode ser líder, na palavra de Katzenbach, aquele que “pelo seu exemplo pessoal, influencia os pensamentos, comportamentos e/ou sentimentos de um número significativo de pessoas”.
É evidente que os líderes diferem quanto ao seu grau de ambição, a dimensão das suas audiências e o carácter único das suas mensagens. Todavia, há seis constantes que um líder não deve ignorar:

  • A construção e comunicação, convincente, de uma "história" clara e persuasiva;
  • Apreciar a natureza da audiência;
  • Investir a sua energia ou canalizar a energia de outros para a construção ou manutenção da sua organização;
  • Personificar na sua própria vida os contornos do processo que relatam;
  • Exercer a liderança de uma forma directa ou, indirectamente, descobrir uma forma de influenciar os outros e, finalmente...
  • ... encontrar uma forma de compreender e usar conhecimentos que são cada vez mais técnicos.

John Kotter, Professor da Harvard Business School, autor de seis livros sobre a liderança, sustenta que “a chave para o sucesso chama-se liderança. Muitas organizações, refere, trabalham com um rácio de 75% de gestão e 25% de liderança. Deveria ser o contrário”.
É o problema do estudo, da análise e da consequente visão que está em causa tal como salienta Rosabeth Moss Kanter,
apontando o exemplo de Martin Luther King, uma boa referência de liderança. Ele apregoava: “Eu tenho um sonho”. Não dizia: “Tenho algumas ideias, podemos formar um comité, estudar e ver se resulta”. Dentro deste contexto, Warren Bennis, definiu quatro competências comuns aos líderes:

  • A gestão da atenção, a gestão do significado, a gestão da confiança e a gestão do eu. Significa que ser líder implica ter uma visão, não no sentido místico ou religioso, mas daquilo que se quer atingir; implica a competência da gestão do significado, isto é, a capacidade de transmitir aos outros o sonho que lhe vai na alma e fazer com que os outros adiram de uma forma voluntariosa; implica a gestão da confiança porque nenhuma organização subsiste sem ela. Finalmente, a gestão do eu, isto é, a capacidade de conhecer as próprias limitações e capacidades e utilizá-las com eficiência e eficácia.

Quer isto dizer que as organizações têm a necessidade de saber que contam com líderes detentores de pontos de vista fortes e bem fundamentados;
É por isso que Warren Bennis, no livro “Líderes e Lideranças”, complementa esta tese dizendo que a liderança é um requisito básico para que haja eficácia em qualquer organização, a qualquer tempo.
O nosso pensamento estratégico para um SPM com futuro, depende de uma liderança forte. O nosso candidato a Coordenador, JOÃO SOUSA, reúne todas as condições para exercer um mandato de acordo com as preocupações evidenciadas pelos investigadores.

terça-feira, 14 de abril de 2009

ESTAMOS EM CAMPANHA!

Os nossos materiais de campanha estão prontos e, dentro de um ou dois dias serão distribuídos por todos os estabelecimentos de educação e ensino da Região. Queremos que a nossa mensagem chegue a todos, obviamente, em primeiro lugar, aos sindicalizados no SPM. Apesar do nosso esforço visando uma distribuição mais rápida, pedimos aos Colegas que entrem em contacto connosco através do e.mail: alternativa.spm@gmail.com


NO DIA 15 DE MAIO...
VOTEMOS LISTA B
PORQUE ESTÁ EM CAUSA:

  • A MUDANÇA DE COMPORTAMENTOS E A RESPEITABILIDADE DO SPM NA SOCIEDADE;
  • UMA RUPTURA COM PROCEDIMENTOS DO PASSADO RECENTE QUE CONDUZIU MUITOS SÓCIOS A ABANDONAREM A FILIAÇÃO NO SPM;
  • A REORGANIZAÇÃO INTERNA DO SINDICATO E A APROXIMAÇÃO DOS SERVIÇOS PRESTADOS AOS ASSOCIADOS;
  • UMA RIGOROSA GESTÃO COLEGIAL TRANSPARENTE EM TODOS OS PROCESSOS;
    DISTANCIAMENTO RELATIVAMENTE AO PODER POLÍTICO MAS COM IRREPREENSÍVEL CAPACIDADE NEGOCIAL;
  • A DEFESA INTRANSIGENTE DOS DIREITOS DE TODA A CLASSE;
  • SERVIR O SINDICATO E NÃO DELE SERVIR-SE ATRAVÉS DE UMA POSTURA DE RIGOR, INOVAÇÃO E QUALIDADE;
  • UM PROJECTO DE FORMAÇÃO ADEQUADO ÀS NECESSIDADES E SEM INTERESSES DE PERMEIO;
  • UMA OBSTINADA LUTA POR UM SISTEMA EDUCATIVO DE QUALIDADE, INCLUSIVO E DEMOCRÁTICO QUE DIGNIFIQUE E PRESTIGIE A CLASSE DOCENTE;
  • CUMPRIR, DE FACTO, A MOÇÃO DE ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA ACORDADA NO 9º CONGRESSO.

UMA OUTRA DIMENSÃO DA EDUCAÇÃO E DAS PREOCUPAÇÕES DO SPM. A CONTINUIDADE DOS PROCESSOS SERÁ FATAL PARA OS DOCENTES

A vida é feita de memórias e de saudades e é bom sabermos cultivar isso. Todos nós temos a memória da nossa Escola, da Escola do nosso tempo. Mas também é importante percebermos que cada vez mais a Escola terá de deixar de viver em ambiente fechado, característico das organizações sociais deterministas. Porque a Escola já não pode ser aquilo que nos foi legado, mormente pela Sociedade Industrial, para não irmos mais distante. Enfim, uma Escola com uma actividade centrada em objectivos eminentemente pedagógicos, uma actividade centrada sobre si própria. É inevitável que assim aconteça, em consequência das mudanças tecnológicas que aconteceram sobretudo nos últimos 40 anos: com o aparecimento da televisão nos anos 60 e sobretudo a transmissão directa dos acontecimentos; as auto-estradas electrónicas; a televisão interactiva; o notável incremento dos jornais, livros e revistas; a generalização do computador e a panóplia de softwer’s que abundam no mercado; as redes interpessoais de comunicação informatizada interplanetária, etc.. Isto para além de todos os aspectos do conhecimento que abalaram todas as estruturas sociais, mormente as educativas. Apesar deste notável desenvolvimento da ciência e da tecnologia não será erro dizer que, em muitos aspectos as características organizacionais do sistema educativo ainda padecem do desajustamento entre aquilo que foi a Sociedade Industrial e aquilo que é hoje a Sociedade da Informação. A escola não acompanhou o ritmo do desenvolvimento, apesar de muitos especialistas no campo da educação terem feito alertas. Portanto, a partir da revolução tecnológica (há quem lhe chame a Nova Revolução Industrial) os saltos ao longo dos tempos têm sido significativos, em todas as sociedades e culturas. E aqui chegados isso obriga-nos a ter de ver a Escola pelo ângulo da cultura e não apenas da simples transmissão de conhecimentos. Fundamentalmente porque a Escola não pode estar desinserida de uma política global. Digamos que a sua análise não pode estar isolada do sistema social e de um quadro que anima as actividades do conhecimento, as lúdicas e culturais da Região. É por isso que não podemos falar da Escola sem, inclusive, enquadrá-la na organização social dos tempos livres, no problema da cultura, no problema do lazer. Fundamentalmente, porque a Escola é um concorrente (muito importante) entre as demais ofertas que a sociedade disponibiliza.
Ao ciclo da educação, do trabalho e da reforma que padronizou ideias e comportamentos, junta-se hoje o lazer, o jogo, a própria religião, a prática desportiva informal, enfim, outras actividades interagem de uma forma natural e integrada. A Escola, portanto, não está só na panóplia das ofertas. E isso exige que tenhamos consciência que existe hoje um tempo organizado, um tempo digamos burocrático, mas também um tempo de cultura, que organiza as sociedades e no qual a Escola terá de se organizar. A legislação que vem sendo produzida desde 1998, caso concreto, por exemplo, o modelo de administração e gestão, é um exemplo importante, quando se pretende dar à Escola outro tipo de responsabilidades. Só que não tem dado. Existe a lei mas a autonomia não. Daqui se deduz (seja como for) que a Escola não pode ser entendida como uma instituição fechada. Ela vive num determinado ambiente social e é nele que tem de interagir. Não podemos, por isso, ver a Escola somente na sua organização, como sistema isolado. Temos de ver a Escola como um sistema integrado num sistema mais amplo, no sistema social.
A ALTERNATIVA SPM tem preocupações a este nível e queremos desenvolver e influenciar políticas que tornem a ESCOLA num espaço de aprendizagem profícua e agradável, de felicidade para toda a comunidade educativa. Mas, para isso, necessário se torna que o SPM tenha uma outra dimensão da Educação e uma outra credibilidade junto do poder político e da própria sociedade. É esse o nosso caminho. É esse o futuro do SPM.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

RUPTURA COM O PASSADO, NÃO SEREMOS UM CONTRAPODER POLÍTICO MAS O SINDICATO TEM DE SER RESPEITADO

Foram aquelas as linhas de força de uma excelente entrevista concedida pelo nosso candidato a Coordenador do SPM, JOÃO SOUSA, conduzida pela jornalista Carmen Vieira do TRIBUNA DA MADEIRA. Aqui fica o testemunho de JOÃO SOUSA que interpreta o sentir de uma vasta equipa que hoje é de reconhecida aceitação em todos os sectores da educação e ensino.

Tribuna - Disse na apresentação da sua candidatura querer devolver ao Sindicato dos Professores a credibilidade de outrora. O que o faz questionar a credibilidade da entidade?
João Sousa - As organizações são assim: têm uma fase de implantação, outra de crescimento e uma outra de maturação. Aqui chegados, diz-nos Charles Handy, gera-se uma zona de turbulência em que os processos do passado entrechocam-se com os do futuro. Isto é, as respostas já não satisfazem e, portanto, torna-se necessário gerar uma nova dinâmica.
Só com criatividade, inovação e qualidade é possível partir para os desafios do futuro. Quando assim não se procede, tendencialmente, as organizações estagnam e até morrem. O Sindicato dos Professores da Madeira está nessa fase de turbulência e nós temos consciência disso. E não é com processos de continuidade que se resolvem os problemas. É evidente que ele teve essa fase notável de implantação e de crescimento mas, hoje, o actual projecto sindical está cada vez mais perto do fim. Esgota-se a olhos vistos, como o comprovam as dessindicalizações, que são o reflexo do descontentamento dos associados; a frequente instabilidade directiva, como o atestam as demissões internas e a fraca participação dos dirigentes nas reuniões.
Tribuna – Quando afirma, por exemplo, pretender combater a instabilidade directiva do actual projecto, isso não poderá ser encarado como uma auto-crítica, tendo em conta que é membro da actual direcção?
JS – Há um tempo para cumprir um mandato e há um tempo para novos projectos. Apesar de algumas rupturas, apesar de alguns membros da actual direcção se terem afastado, a verdade é que houve responsabilidade para manter as funções do sindicato e a resposta aos problemas dos associados. Só que não se pode continuar a ignorar o passado recente, com muitas convulsões internas, sob pena de cairmos numa instituição que abre e fecha todos os dias, mas que gasta as suas energias na conflitualidade interna em vez de se dedicar exclusivamente à defesa dos associados e da educação. Nós fomos responsáveis ao não deixarmos que o sindicato aparecesse fragilizado aos olhos da opinião pública, evitando a queda da actual direcção, mas chegou o momento de dizer basta. É preciso não esquecer que os dirigentes que recusaram integrar o projecto da colega aposentada Rita Pestana e que se candidatam comigo na “Alternativa SPM, Já!” eram minoritários, logo não tinham condições suficientes para fazer a mudança que se impõe.
Portanto, mais do que auto-crítica, é uma crítica dirigida à maioria que detém o controlo do sindicato. Por uma questão de exigência connosco próprios e de respeito pelos sócios, não podíamos fingir que está tudo bem, antes tínhamos que lhes dar a oportunidade de escolher um projecto de mudança e de renovação. Eles merecem um sindicato mais forte, respeitado e interventivo, com maior presença nas escolas e, sobretudo, com uma direcção mais coesa, trabalhadora e solidária.

“O sindicato não tem sido respeitado”

Tribuna - A actual coordenadora do sindicato disse ter ficado surpreendida com o anúncio da sua candidatura. O que o levou a uma ruptura com a direcção da qual ainda faz parte?
JS - Se ficou foi porque não conseguiu fazer uma análise criteriosa da situação. Nós respeitamos os colegas que entendem que a continuidade é preferível à ruptura. Não é esse o nosso entendimento, simplesmente porque a complexidade do processo educativo não se compadece com actuações frouxas e sem uma noção global de tudo quanto envolve a educação. O sindicato tem de ser pró-activo, tem de assumir uma postura de liderança que conduza a que os políticos não olhem rotineiramente para o ele como parceiro social apenas para dar pareceres sobre diplomas. Queremos que quando o Governo legisle sobre a classe ou sobre o sistema educativo, o faça com o pensamento em nós. E isto, repito, exige outra atitude que conduza a que o sindicato seja respeitado e não metido no bolo indiferenciado dos parceiros sociais.
Tribuna - A lista liderada por Marília Azevedo levantou a questão da politização partidária das listas. O facto da sua lista ser integrada por várias pessoas ligadas à política poderá dar-lhe uma conotação partidária?
JS - Desculpe, ambas as listas integram pessoas ligadas à política, porque ninguém lhes pode roubar direitos cívicos pelo facto de serem sindicalistas. Nem vale a pena comentar essa história, tão infeliz que é. Basta, neste momento, olhar para dentro para ver o que se passa. Directa ou indirectamente há colegas ligados à actividade política. Aliás, esse fantasma não se colocou aquando da constituição da lista da direcção actual. Eu, inclusivamente, no dia em que tomei posse como dirigente do sindicato, por iniciativa própria, abandonei a militância partidária, por razões éticas e político-sindicais, designadamente por total divergência com a política educativa do actual Governo da República. Ninguém me pediu que tomasse essa atitude. O mesmo se passou com o colega André Escórcio, que, ao ser eleito deputado, pediu a suspensão do seu mandato de dirigente sindical e não é candidato nestas eleições. Onde é que está, então, o perigo da partidarização? Uma coisa garanto: comigo à frente do Sindicato dos Professores não haverá partidarização nem governamentalização desta organização de classe, porque na lista que encabeço há candidatos de todos os quadrantes políticos, o que assegura o pluralismo e a independência que sempre a caracterizou.
O nosso compromisso é com os docentes e com a educação, tendo em vista servi-los melhor. Apenas isso.

“Não seremos um contrapoder político”

Tribuna - Caso vença as eleições, o Sindicato dos Professores poderá tornar-se uma mera força de oposição à política educativa regional?
JS - Não. Não assumiremos essa postura de contrapoder político. Independentemente do nosso programa de candidatura, temos de respeitar as conclusões saídas do nosso último congresso. Na conjugação destes dois documentos assumiremos uma postura em defesa da classe docente.
Enganam-se aqueles que acham que o sindicato existe apenas para reivindicar remunerações ou dar pareceres. A educação é um mundo e é nesse mundo que queremos mergulhar. Não vamos ficar enclausurados na sede despachando uns papéis. Há um tempo novo de muita exigência porque a educação deverá ser a principal batalha da Madeira. É o nosso futuro colectivo que está em jogo e, neste aspecto, o poder político terá de olhar para nós com respeito. Que não tem tido, diga-se na verdade.
Tribuna - Se vencer as eleições, como será a relação do sindicato com a Secretaria da Educação?
JS - De total diálogo e negociação, sem subserviências, mas sempre com bom senso. Mas estas duas palavras, diálogo e negociação, com peso na prática. Não queremos que seja mera retórica. Não queremos negociar a fingir, para cumprir o calendário e a lei da negociação. Rejeitamos o diálogo e as reuniões improdutivas, quando tudo já está decidido. Rejeitamos o conflito, mas torna-se necessário que o poder político entenda que o sindicato representa mais de três mil associados, isto é, metade dos educadores e professores da Região.
Tribuna
- As eleições ao Sindicato dos Professores surgem numa altura em que a classe enfrenta vários “casos bicudos”. Qual é a sua posição em relação à polémica da avaliação dos professores e ao estatuto da carreira docente?
JS - A questão é pertinente. Não pode haver avaliação de desempenho sem uma clara alteração do Estatuto. Uma alteração que não pode ficar apenas pela avaliação de desempenho. Há outras matérias que terão de ser revistas, por exemplo, os módulos de tempo de serviço, o tempo de serviço necessário para atingir o topo da carreira, o reposicionamento nos novos escalões em função do tempo de serviço congelado, a redução da componente lectiva em função da idade e dos anos de serviço e o horário nocturno, entre outras matérias. A avaliação é um ponto entre muitos. Mas, relativamente à avaliação de desempenho, a questão para nós é muito simples: nós defendemos uma avaliação de base formativa que responda aos interesses do sistema educativo, do estabelecimento de educação ou de ensino e dos educadores e professores. A avaliação não pode ser apenas classificação. Não queremos uma escola com gente desconfiada, de uns contra os outros e que em nada beneficie o objectivo central: a educação e a formação. Ela terá de ser estratégica para o sistema, terá de constituir-se como referência para a execução do projecto educativo da escola e terá de ser de ajuda nos procedimentos ao nível da sala de aula. Este é o nosso quadro e é sobre ele que, sob a nossa responsabilidade, o Governo deverá negociar.

“Por que temos de dizer sempre que sim?”

Tribuna - Os professores têm sido acusados de assumir uma postura intransigente e de se terem deixado influenciar pelo radicalismo de alguns líderes sindicais. Concorda com esta leitura? Parece-lhe que houve falhas de ambos os lados nestes processos?
JS - Se tem havido radicalismo tem sido dos governos. Por que razão devemos abanar a cabeça a tudo o que os governos nos querem impingir? Não querem a contagem do tempo de serviço congelado e temos de dizer que sim? Querem uma avaliação de desempenho apenas punitiva e temos de dizer que sim? O que tem de existir é diálogo, bom senso e respeito de ambas as partes. E nesse aspecto temos sido sempre o elo mais fraco. Quando nos sentamos numa mesa de negociação, os governos terão de perceber que todos terão de ceder para que a educação ganhe.
Tribuna - Como analisa a actuação do Governo Regional nestas matérias?
JS - Queremos iniciar um tempo novo. Queremos apagar um passado que não foi bom, cujas estatísticas dão conta. A escola é muito mais que os edifícios. Portanto, o que lá vai lá vai, o que interessa é não perder mais tempo. Há muita retórica e expectativas defraudadas, nomeadamente em relação ao Estatuto da Carreira Docente na Madeira, à contagem do tempo de serviço congelado e à dispensa para formação dos docentes, por exemplo. A estratégia é diferente da usada pelo Governo da República, mas o que conta mesmo é o resultado final e, nesse aspecto, todos esperávamos que a autonomia fizesse, de facto, a diferença e nos livrasse das desastradas políticas do Ministério da Educação, mas assim não é. Quando não é falta de vontade política, é a inter-comunicabilidade, o Representante da República ou o orçamento regional...
Tribuna - No caso particular da Madeira, como analisa a política educativa do Governo Regional?
JS - Tem sido uma política que escolarizou mas não conseguiu educar para o futuro. Preocupa-nos que, neste momento, tenhamos perdido a dianteira, em termos de educação ao nível nacional, como nos casos da escola a tempo inteiro e da introdução de língua estrangeira no 1º Ciclo. Outro aspecto que nos preocupa é que, apesar de termos o melhor parque escolar do país, em termos de instalações e equipamentos, não conseguimos que isso corresponda a uma igualmente boa posição da Madeira nos rankings nacionais que medem o sucesso escolar.
Tribuna - Concorda com aqueles que defendem que o Executivo se tem preocupado mais com a construção de infra-estruturas escolares do que com a parte humana da educação?
JS - É exactamente isso.

Há vida para além da avaliação e do estatuto...

Tribuna - Que assuntos são prioritários para a lista que lidera?
João Sousa - Há um pacote de medidas extenso que queremos analisar e cuja discussão queremos despoletar entre toda a classe. É evidente que a avaliação de desempenho e o Estatuto constituem matérias importantes, mas existem muitas outras. Hoje, uma grande parte da comunidade docente vive angustiada, no meio da burocracia inconsequente, convive com a indisciplina, a má educação e escolas sem alma face ao excessivo número de alunos. Temos uma palavra a dizer sobre estas matérias. A nossa equipa tem um extenso programa que toca em todas estas áreas, porque uma vez resolvidas tornarão a escola mais eficaz, mais apelativa e os educadores sentir-se-ão mais felizes.
Vamos adoptar uma nova postura, centrada na transparência, na excelência e na inovação, no surgimento de novas dinâmicas, no rigor e na dedicação à causa sindical, sem deixar de manter a ligação às escolas e aos docentes.
Participar activamente na Regulamentação do Estatuto da Carreira Docente na Madeira é uma das nossas principais preocupações, em especial por causa do modelo de avaliação de desempenho docente, que não poderá defraudar as expectativas da classe.
O Centro de Formação do sindicato será objecto de uma intervenção prioritária, tendo em vista oferecer aos professores uma resposta formativa mais diversificada, tanto nas áreas didáctico-pedagógicas como na área científica, de acordo com as necessidades dos docentes.
A aquisição da nova sede, essencial para a prestação de mais e melhores serviços à classe, é outra das prioridades, cujo processo se encontra na fase final. Avançaremos também com uma reestruturação dos serviços administrativos do sindicato, por forma a modernizá-los e dotá-los de uma outra capacidade de resposta ao nível do atendimento aos sócios.
Na área cultural, pretendemos desenvolver uma plataforma de divulgação e promoção de eventos com recurso às competências dos professores e educadores, por forma a promovermos com regularidade actividades que dinamizem os sócios e docentes em geral (exposições, tertúlias literárias e concertos, entre outro eventos).
Para os colegas aposentados vamos reforçar o leque de actividades disponibilizadas, tendo em vista que a procura tem vindo a aumentar.

domingo, 12 de abril de 2009

OS NOSSOS APOIANTES



"Para mudar a história recente ou para reconstruir a História... são necessárias alternativas: políticas, sociais, económicas. Também sindicais! Esta é uma oportunidade para construir uma outra forma de pensar a acção sindical hoje. Por isso apoio esta lista".
Luís Viveiros

TEMPO DE REFLEXÃO POR UMA NOVA ESCOLA

É minha convicção, alimentada desde há muito, que a Escola é, hoje, um espaço de alguma desilusão e de acentuada frustração profissional. Eu diria que a característica impessoal tomou conta da Escola. Genericamente, a Escola perdeu alma, não tem poesia, é servida fria, desde logo por uma arquitectura desadequada, pelo excessivo número de professores, alunos e de auxiliares de educação que os espaços comportam. É a Escola onde poucos se conhecem, porque esventrada de valores que a unam. É a Escola do toca-entra-toca-sai. É a Escola maximizada e padronizada, pensada, ainda, à imagem da Sociedade Industrial. É a Escola de actividades ritualizadas, que não interagem com a sociedade e sobretudo com a vida. É a Escola fechada sobre si própria que relega os valores da iniciativa, criatividade e responsabilidade. É a Escola burocratizada, da legislação em catadupa, que subsiste no meio de papéis inúmeros. É a Escola das iniciativas que caem em cascata, onde pouco interessa o porquê e para quê, traduzidas no dia disto e daquilo, nos projectos disto e daquilo e nos concursos disto e daquilo. Hoje, chuta-se tudo para a Escola, convencidos que estão, que é por aí que a qualidade e o sucesso emergem. Hoje, na Escola, não há espaço para a liberdade, tempo para a opinião, para o debate, para a reflexão, para a leitura do mundo, para o projecto educativo articulado e sério e para a aprendizagem dos saberes consequentes e portadores de futuro. É a Escola de virtual autonomia administrativo-financeira, que sobrevive e, portanto, com limitada capacidade de afirmação. É a Escola distante da necessária e verdadeira autonomia pedagógica que a conduza a diferenciar-se das demais, pela imaginação, inovação e cultura gestionária própria. É a Escola do controlo vertical, da incultura, da má educação e da crescente violência, dos comportamentos inadequados e da desresponsabilização dos pais. É esta Escola que conduz os docentes à exaustão. Porque é a Escola, também, do aviltamento da função e da falta de respeito pelos percursos profissionais dos educadores e professores.
Na Escola de hoje cumpre-se, ritual e formalmente, o que Rubem Alves, esse notável pedagogo, teólogo, psicanalista e escritor sublinhou: “para a burocracia, o que interessa é o que vem no relatório, não as crianças”. Interessa, pois, o cumprimento apressado do programa, o sumário, o dossiê de turma, a interminável sucessão de repetidas reuniões, do pedagógico aos grupos disciplinares passando pelas dos departamentos, muitas caracteristicamente de pescadinha-de-rabo-na-boca que nada adiantam, interessa a acta, interessa que tudo esteja muito certinho, não vá uma inspecção dar com qualquer coisa fora do lugar. As crianças, essa razão de ser da Escola, estão a ficar para depois. De onde provêm, que constrangimentos familiares, económicos, espaciais, culturais e religiosos transportam, pouco interessa. O insucesso remedeia-se com mais uma aula de apoio acrescido, quando é possível.
Ora, é isto que sinto. Porventura sentem muitos Colegas. Andamos todos cansados, dos mais novos aos mais velhos. Também aqui, no sentido de fazer emergir uma ESCOLA onde toda a comunidade se sinta feliz, o SPM tem uma luta a desenvolver. Nós estamos apostados nisso. Queremos a ESCOLA seja DEMOCRÁTICA, AUTÓNOMA, INCLUSIVA, DE QUALIDADE, DE EXCELÊNCIA e onde todos os Colegas desenvolvam a sua missão em liberdade.
André Escórcio
Mandatário da Candidatura ALTERNATIVA SPM

sábado, 11 de abril de 2009

OS NOSSOS APOIANTES

Sindicalizada desde 16 de Maio de 1977, participei e acompanhei na construção e crescimento do SPM. Tal como muitas e muitos colegas vivi e senti muitas alegrias e tristezas nos bons e maus momentos do nosso sindicato. Neste momento decisivo para o nosso futuro colectivo e, no respeito pela História do SPM, urge dar sentido aos valores sindicais, por isso, impõe-se:
Uma nova dinâmica interventiva de antecipação aos problemas e aos desafios que cada vez mais se colocam à Educação e ao Ensino;
Uma acção alargada a causas de natureza mais abrangente, tais como, a Paz, a fome no Mundo, as questões ecológicas, os Direitos das minorias, o Património histórico/cultural...., envolvendo-se em iniciativas e acções com outros movimentos que abraçam estas causas, contribuir assim, para um Mundo mais justo e solidário;
Uma oferta formativa centrada nas escolas, cujos projectos correspondam às necessidades reais dos docentes, propiciando a todos o desenvolvimento de competências adequadas às suas funções, tomando o desempenho profissional como espaço de formação.
Estas e outras preocupações perfilhadas no projecto "Fortalecer e renovar o SPM para melhor servir os Docentes e a Educação", confirmam a minha opção.
Estou com esta equipa!
Apoio a "ALTERNATIVA SPM"
Voto na lista B

DENEGRIR O SINDICATO? ESSA É BOA! (II)

Entre outras menos reconhecidas, consideramos quatro ESCOLAS DA ORGANIZAÇÃO. Concretamente: Clássica (H. Fayol e F. Taylor), Psicossociológica (Elton Mayo), Burocrática (Max Weber) e Sistémica (Von Bertalanfy).
Nós seguimos a SISTÉMICA. O seu mentor foi Von Bertalanfy. É uma escola que considera mecanismos de retroacção, de imput e output. Estamos, portanto, na Teoria Geral dos Sistemas que considera a organização como um ente vivo que processa informação. Sistema aqui entendido como um conjunto de unidades reciprocamente relacionadas.
A Teoria SISTÉMICA envolve os conceitos de:
Propósito, ou objectivo a atingir.
Globalismo, porque todo o sistema tem uma natureza orgânica. Qualquer estimulação em qualquer unidade afecta as demais.
Entropia, porque as organizações evidenciam uma tendência para o desgaste, desintegração e aumento do aleatório. À medida que aumenta a informação diminui a entropia, pois a informação é a base da configuração e da ordem. Nas organizações formais a falta a informação gera a degradação.
Homeostasia, porque vive em equilíbrio dinâmico entre as partes do sistema.
Significa isto que as organizações têm de ser abertas e permeáveis pois só as relações de intercâmbio com o ambiente as tornam num sistema adaptativo. Não vivem, pois, no isolamento. Esse é próprio dos sistemas fechados, onde não existem relações de intercâmbio. Não recebem nem influenciam o ambiente. Ora, as organizações que assim vivem são deterministas, olham para a análise crítica e, eventualmente, negativa como um ataque e não como um pressuposto fundamental na criação de futuro.
Porque a ENTROPIA MATA AS ORGANIZAÇÕES fica claro que a informação e o conhecimento constituirão o fermento diário desta ALTERNATIVA SPM.
Denegrir o SPM, essa é boa!

DENEGRIR O SINDICATO? ESSA É BOA! (I)

Às vezes é a voz da má consciência que sobressai, pelo que se atira para os outros aquilo que nos incomoda. Analisar os factos, tomando consciência deles, só enobrece quem assim procede. Esconder a realidade, fazer o possível por varrer para debaixo do tapete os erros da instituição, todos compreenderão que não constitui boa estratégia. Quando se ignora é porque a instituição não tem projecto, está acomodada, não consegue e não quer sair da sonolência em que caiu. E não disto que as organizações se alimentam. Elas vivem, crescem e criam futuro quando se mostram insatisfeitas, quando arranjam desculpas para fazer coisas, quando todos os dias se mostram construtoras do futuro. Quem assim pensa e actua não está a denegrir o sindicato. Pelo contrário, mostra-se empenhado e portador de futuro. É disso que o SPM precisa. Precisa de reinventar a organização nos pressupostos que o justificam, precisa de gente moderna e apostada em fazer coisas, capaz de olhar para trás a todo o momento e de proceder a uma análise crítica ao que foi feito e daí partir para novas batalhas sindicais. O SPM precisa de gente que não esteja à espera que as situações aconteçam e que elas entrem porta adentro para depois reagir. Pelo contrário, precisa de gente que saiba ler os sinais, que esteja atenta e preparada para as situações. Só por aí garantirá o respeito do poder político, dos associados e, de resto, de toda a classe.
Denegrir o Sindicato? Essa é boa!
Já agora, aqui ficam os dois tipos de gestores:
LEAL. A primeira coisa que faz quando surge um problema é “enterrar a cabeça na areia” à espera que o problema passe. Agarra-se ao passado e tenta bloquear as mudanças. Oferece obediência, fazendo apenas o que lhe é solicitado.
PROFISSIONAL: Centra-se nas tarefas. Não oferecem obediência mas inteligência e competência. Fazem tudo ao seu alcance para cumprir a Missão.
O Sindicato de Professores da Madeira, indiscutivelmente, precisa de profissionais e não de leais.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

ESCOLA COM AUTONOMIA = A ESCOLA DEMOCRÁTICA (II)

Diz o Professor Doutor Licínio Lima, docente da Universidade do Minho e investigador: “(…) A autonomia, palavra-chave, um conceito e uma ideia relevante na luta por uma escola mais democrática, vem sendo hoje reconceptualizada como um mero elogio da diversidade da execução periférica das decisões centrais. É uma ideia do género: sejam autónomos na execução das decisões que nós já tomámos por vós...
Não é esta a autonomia pela qual o pensamento pedagógico, crítico e democrático se vem batendo há muitas décadas. Temo-nos batido por uma autonomia em sentido forte. Paulo Freire falava de uma autonomia como ingerência, como capacidade de participar nas decisões, como co-autoria na governação e na decisão, isto é, uma autonomia compatível com o conceito de escola governante que, idealmente, mesmo que utopicamente, faz o caminho para o seu auto-governo ou, pelo menos, para o governo em co-autoria, em co-responsabilidade com outras instâncias de âmbito nacional, uma autonomia verdadeira, conferindo a capacidade de participar nas decisões. Uma outra autonomia, completamente distinta desta, é a autonomia como simples participação subordinada à gerência dos outros, compatível com um conceito de escola governada, não compatível com a autonomia mas com a heteronomia”. E mais adiante: “(…) Creio que uma boa parte dos problemas da escola pública se prende com problemas de governação democrática, isto é, problemas de busca de novos ordenamentos próprios, autónomos, de perspectivas de auto-governo, de consagração e realização efectiva dos princípios da participação e da autonomia. Quanto mais democráticas forem as escolas, quanto mais autonomia tiverem, mais as questões de organização e de administração serão relevantes”.
A “ALTERNATIVA SPM” segue, em toda a extensão, estes conceitos, pelo que só poderão esperar de nós respostas muito claras em defesa da AUTONOMIA E DA DEMOCRACIA.

ESCOLA COM AUTONOMIA = A ESCOLA DEMOCRÁTICA (I)

Nós defendemos a ESCOLA COM AUTONOMIA. Nós defendemos a ESCOLA DEMOCRÁTICA. Autonomia e Democracia são duas palavras indissociáveis do nosso projecto para UM NOVO SINDICATO.
Não aceitamos uma autonomia mitigada, a autonomia faz-de-conta, própria do discurso dos políticos mas, na prática, aferrolhada e sem margem para o exercício da autonomia; nem aceitamos que a ESCOLA não seja verdadeiramente democrática, desde logo em que os membros dos seus órgãos não sejam eleitos. Rejeitamos, por isso, em absoluto e de forma determinada, qualquer tentativa no sentido da Escola ser liderada por alguém (DIRECTOR, nomeado após concurso) não eleito entre os seus pares. Se a ESCOLA NÃO ESTÁ BEM a culpa não é dos docentes. Foram os docentes que, ao longo de muitos anos, muitas vezes sem meios, conseguiram administrar e gerir orçamentos escassos e esbater os graves problemas de uma sociedade manifestamente desequilibrada.
Os Professores não são culpados do excesso de alunos por estabelecimento de ensino, muitas vezes pelo excesso de alunos por sala, não são culpados da indisciplina e da violência que grassa na sociedade, não são culpados pela existência de pobres, pela existência de muito consumo de álcool; os professores não são culpados por currículos errados e programas extensos e em alguns casos desadequados. NÃO É, PORTANTO, A FIGURA DO DIRECTOR QUE IRÁ RESOLVER ESTAS SITUAÇÕES.
A nossa candidatura estará atenta a estes desvios políticos que, na Região, já vêm de longa data, hoje assumidos ao nível nacional, pois entendemos que este é um caminho errado e que apenas serve para, indirecta e subtilmente, culpar os professores pela situação gravosa em que a Escola se encontra.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

FELIZ PÁSCOA PARA TODOS!

Há dias, a propósito de assuntos diversos, um Amigo fez-nos chegar um e.mail em que falava na "luta pela ressurreição dos valores" da "dedicação à causa pública e valorização do Homem" no sentido da "fatalidade dar lugar à felicidade". Está aqui tudo dito.
Nesta quadra de algum recolhimento e meditação, a nossa candidatura, apresenta a todos os COLEGAS, independentemente de serem ou não associados do SPM, os votos de FELIZ PÁSCOA.

ÉTICA E ESTÉTICA

Vários apoiantes da nossa candidatura não entendem o porquê da contenção da nossa reacção e têm-nos interpelado no sentido de respondermos “à letra” às acusações que nos têm feito de “partidarização do sindicato” e de sermos “ervas daninhas”.
Rejeitamos qualquer vitimização. Em consciência temos respondido, mas da nossa forma, ao nosso nível, fazendo o possível por sermos correctos e pedagógicos, usando para isso toda a paciência que seja necessária. Agora, tal como em situações anteriores, reafirmamos que o faremos com elevação e que estamos impedidos de “responder à letra” por duas ordens de razões, uma de ordem ética e outra de ordem estética.
DE ORDEM ÉTICA
Somos diariamente sujeitos a provocações e mentiras insistentemente repetidas segundo a velha fórmula totalitária de que “uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”, por parte de quem não tem ideias próprias ou argumentos válidos, que quer ganhar a todo o custo e que para isso utiliza métodos e processos que já vimos utilizar pelo antigo regime e da sua polícia. Recusamo-nos a responder do mesmo modo porque os princípios que defendemos nos impedem de utilizar determinados tipos de argumentos e de linguagem, bem como não nos deixam fazer processos persecutórios ou de intenção, nem, numa tentativa de “unir as hostes”, nos permitem fabricar e diabolizar “inimigos externos”. Quem é que, ano após ano, utiliza sistematicamente estas tácticas contra os adversários? Será que alguém seriamente pode achar que somos nós o verdadeiro inimigo da classe?
DE ORDEM ESTÉTICA
Consideramos que uma representação condigna da nossa classe, tanto na comunicação social, como em qualquer outra situação se deve pautar por regras de educação e de decoro. Achamos que, quer por imagem, quer por palavras, jamais poderemos correr o risco de assumir posturas que possam, no mínimo, ser classificadas de “mau gosto”. A nossa cidadania e a nossa condição de professores a isso nos obrigam. Não é a figura ou a nossa imagem pessoal que está em causa, mas a da classe, sobretudo quando aparecemos em nome ou em representação do sindicato. Por acaso já vos ocorreu pensar com que sindicato ficaremos depois das eleições e nas consequências da “terra queimada” que têm vindo a fazer?
Helder Melim
Candidato a Presidente da Mesa da Assembleia

OS NOSSOS APOIANTES



FÁTIMA ABREU:

“Pela garantia da opção democrática”

quarta-feira, 8 de abril de 2009

ROTURA, PREVISÃO, ESTRATÉGIA, EXCELÊNCIA, QUALIDADE... EIS AS CARACTERÍSTICAS PARA UM NOVO SPM

O sistema educativo sempre funcionou. Funcionou antes de 74 à maneira das preocupações do regime de então e funciona em 2009. Hoje, escolariza-se muito mais numa tentativa de chegar a todos. O problema é saber se estamos a educar para o futuro em função dos quadros de referência que animam a sociedade. E neste aspecto o problema é muito vasto e complexo.
O que hoje preocupa os investigadores e os governos sérios, apostados em reduzir o fosso que separa relativamente à capacidade de resposta aos desafios do tempo que estamos a viver, é o problema, desde logo, de ter visão, de saber antecipar o futuro e de criar as condições necessárias de resposta ao que esse mundo exige. Ora, se aquilo que os governos demonstram circunscreve-se, apenas, à dinâmica do funcionamento do sistema, é evidente que não podemos esperar resultados significativos.
E o futuro que se deseja construir não está apenas no plano infra-estrutural, mas sobretudo no interesse futuro de tudo quanto se faz dentro dos espaços escolares. E neste aspecto não temos qualquer dúvida que há um conjunto de palavras-chave determinantes na construção do futuro desejável e que têm sido sucessivamente ignoradas: rotura, mudança, competência, previsão, estratégia, gestão, reengenharia, excelência, qualidade, criatividade, inovação, sinergia, liderança, comunicação, enfim, cada uma destas palavras com o seu peso e significado no contexto da Educação, constitui a base dos processos de mudança num sistema portador de futuro. Todas aquelas palavras não têm feito parte das preocupações políticas.
Quando a Madeira regista índices de pobreza gravíssimos, quando se constata uma histórica ausência de consistentes políticas de família, quando mais de 47% dos alunos são apoiados pela acção social educativa, quando o desemprego cresce, quando a toxicodependência avassala, quando o alcoolismo não é combatido com medidas drásticas, quando a desestruturação familiar, a violência e o crime preocupam a sociedade, não há sistema educativo que, de per si, consiga resultados.
Neste contexto há muito a fazer. É por isso que reconheço nesta equipa que se candidata aos órgãos do SPM uma capacidade ímpar para despoletar preocupações e conduzir o poder político a intervir de uma forma estruturada, não só na Escola mas também a montante do sistema educativo, nas famílias de onde provêm os grandes problemas da Escola. O SPM TEM NESTA MATÉRIA UMA PALAVRA A DIZER. Se nos calarmos é evidente que estaremos a consentir!
André Escórcio
Mandatário da Lista ALTERNATIVA SPM

OS NOSSOS APOIANTES


Na História do Sindicato de Professores, o Colega RUI HONORATO É UMA FIGURA QUE HONRA A NOSSO SPM

"Fortalecer e renovar o SPM para melhor servir os docentes e a educação.
Apoio esta candidatura por várias razões: Capacidade de liderança, Acção, Juventude, Mobilização, Renovação, Pulso na luta e na negociação, Honestidade e valores sindicais fortes.
Conheço a organização e por isso é necessário mudar. Sei que esta equipa é capaz de vencer. Tem todos os argumentos para fazer um sindicalismo moderno com valores humanistas e cidadania activa junto dos professores"

terça-feira, 7 de abril de 2009

APOIANTES DA NOSSA CANDIDATURA

Um grupo de jovens Colegas do Concelho de Machico, apoiantes da nossa candidatura.
Defendem:
VOTAR NA "ALTERNATIVA SPM"
SIGNIFICA TER NO SINDICATO COLEGAS QUE VÃO DEFENDER O DIREITO A TERMOS FUTURO.

VAMOS SER UM SINDICATO PARA TODA A CLASSE E NÃO APENAS PARA OS ASSOCIADOS

O pior que pode acontecer num Sindicato que queira assumir-se como defensor de uma classe inteira e não apenas dos seus associados, é a instituição ficar refém das manobras aprendidas nos corredores da política partidária. Os vícios, as matreirices, as ambições pessoais, o jogo de sombras e o jogo das peças no sentido do xeque-mate. Por oportunismo nega-se hoje o que ontem foi dito na mais imprópria linguagem.
Para a candidatura “ALTERNATIVA SPM” NÃO VALE TUDO. Sobretudo não vale o jogo rasteiro. Quando, por aí, se fala de partidarização do SPM é porque, certamente, das duas, uma: ou pretendem sacudir para outros esse anátema que lhes pesa na consciência ou querem confundir os Colegas para daí retirar eventuais dividendos. Em uma ou outra situação tal caminho não é o melhor. Vem, neste caso, à colação, a sabedoria popular que “quem desdenha quer comprar”.
É evidente que cada candidatura é livre de fazer os inquéritos que bem entender, mas quando existe tanto para perguntar, convenhamos que é de mau gosto, despropositado e sobretudo muito feio para uma candidatura de educadores colocar a questão da partidarização.
Nós não perguntamos, assumimos: o SPM É UMA INSTITUIÇÃO POLÍTICA. Sempre foi e não poderá deixar de o ser. Pertencer à FENPROF que, por sua vez, se filia na CGTP INTER-SINDICAL, constitui uma posição e opção claramente POLÍTICA (foi a actual direcção e bem que apontou esse caminho); e quando se senta à mesa das negociações com os governos é óbvio que assume posições claramente políticas. Ponto final.
Mas desçamos ao concreto e rememos para terra: na nossa candidatura temos, independentes, socialistas, comunistas, bloquistas, populares, social-democratas e não sabemos se não haverá também do Partido da Terra. É provável que sim, tal como na candidatura da “Continuidade” estão lá todos!
Somos um mix de várias opções partidárias exactamente como elas se encontram na sociedade. Todos juntos estamos na defesa de uma classe inteira, porque o SPM NUNCA FOI NEM É ASSEXUADO. Agora, aqui, ninguém se servirá da instituição para atingir qualquer objectivo pessoal ou partidário. Aqui, para que conste e em definitivo, O QUE NOS MOVE É APENAS A DEFESA DE UMA CLASSE QUE TEM SIDO MUITO MAL TRATADA NOS ÚLTIMOS ANOS.
Uma pergunta final: como se sentirão aqueles que não aceitam e repudiam este tipo de abordagem?

segunda-feira, 6 de abril de 2009

NÃO QUEREMOS UM SINDICATO TIPO "TIMEX" QUE NÃO ADIANTA NEM ATRASA!

Curiosamente, foi com a diplomacia e com as atitudes conciliadoras que o poder político tomou o “freio nos dentes” e tem feito o que quer e entende da classe docente. Foi assim em todas as matérias mais problemáticas e que acabaram por resultar em nítido prejuízo para a classe docente.
Isto só aconteceu e acontece porque sabem que o SPM está fragilizado, não tem força negocial e a sua base de apoio não está suficientemente mobilizada para que seja respeitada.
A questão não está, por isso mesmo, em ser dócil mas, fundamentalmente, em conquistar os sócios, não para lutas acéfalas e sem sentido, mas para trazê-los para um espaço de conhecimento e de intervenção para que o poder político nutra respeito. Neste momento, infelizmente, a constatação advinda da prática, é que não têm respeito pelo SPM. O Estatuto da Carreira Docente, entre outros importantes dossiês, constitui um exemplo claro que o poder político, finge à mesa das negociações e, depois, faz como quer e entende. Portanto, não podemos persistir no erro, nas atitudes frouxas face às quais perdemos sempre. O que o SPM precisa é de uma direcção que, primeiro, mobilize os associados para que eles sintam que ao pagar as quotas no final de cada mês, está unido e participativo em torno de causas comuns e que tem, depois, um SPM capaz de discutir e de negociar com firmeza as questões de natureza profissional. Quando assim acontece o poder, seja ele qualquer for, que normalmente é inteligente para levar a água ao seu moinho, passa a nutrir outra atenção e cuidado negocial.
Quando se atinge este patamar de respeito bilateral, então sim, a diplomacia, o bom senso e uma visão aberta e não sectária torna-se fundamental. Até porque, como já referimos em outro momento, numa verdadeira negociação todos perdem para que todos possam ganhar.
Connosco será assim, não estaremos na vida sindical numa lógica tipo “timex” que não adianta nem atrasa!

APOIANTES DA NOSSA CANDIDATURA



“Apoio a Alternativa SPM porque é imperioso e urgente voltar a credibilizar o sindicato e a classe”

HÁ MUITAS MATÉRIAS A NEGOCIAR… NÃO VAMOS DESISTIR!

Há muitas matérias que continuam na ordem do dia e que decorrem do Estatuto da Carreira Docente Regional. Um Estatuto que está muito longe de constituir uma matriz orientadora séria no quadro de um sistema educativo regional verdadeiramente autónomo. É convicção da nossa candidatura que o poder político brincou e continua a brincar com os educadores e professores da Madeira. Uma das aberrações do Estatuto é a FAMIGERADA PROVA PÚBLICA DE ACESSO AO 6º ESCALÃO. Porque a questão é esta: fará algum sentido o docente ser avaliado de dois em dois anos, à luz do Estatuto em vigor, para ao final de, no mínimo, nove consecutivas avaliações de desempenho, tenha ainda de realizar uma prova pública de acesso aos escalões de topo?
O que está aqui em causa é, claramente, uma forma encapotada de travar e filtrar a aproximação dos docentes ao 7º e 8º escalão da carreira por motivos economicistas. Não há outra razão que não esta. Na Região Autónoma dos Açores não existe este constrangimento administrativo. Por aqui, a Secretaria Regional da Educação impôs esta medida que, no essencial, até contraria o princípio de uma carreira única. Há uma segunda ideia que subjaz, a de dividir a carreira em professores e professores-titulares, embora sem que essa divisão conste da lei.
Não basta o Senhor Secretário Regional da Educação dizer que “a mudança será sempre feita com os professores e nunca contra eles”. A prática tem sido diferente da teoria. Por isso, fica aqui, junto dos associados do SPM, que não vamos, a par de outras matérias, deixar que esta matéria permaneça numa futura e obrigatória revisão do Estatuto.

domingo, 5 de abril de 2009

CONSTRUIR O FUTURO COM TODOS

Há momentos na vida das organizações que a AMIZADE entre pessoas não deve ser confundida com a necessidade de provocar a MUDANÇA fundamental, quando está em causa a sobrevivência da própria instituição. Confundir as duas situações, é grave, assumem os investigadores no domínio das organizações.
Aos associados, neste caso eleitores de pessoas que corporizam uma candidatura, a questão que se deve colocar não é a de seguir o caminho das amizades, mas o caminho de quem poderá assumir um projecto que garanta a recuperação do prestígio perdido. Porque a amizade, essa permanecerá, não fossemos nós educadores.
É evidente que nós sabemos que na nossa sociedade ainda permanece uma lógica cultural enraizada por uma longa noite de obscurantismo, onde floresceu a ideia de quem não é por mim é que está contra mim. E isso significou e ainda significa que quando se opta, geram-se antipatias. Nós consideramos mesquinha e completamente errada essa atitude.
As opções, sejam elas quais forem, não devem colocar em causa os relacionamentos inter-pares. Nós temos o nosso projecto que aposta na MUDANÇA. Da CONTINUIDADE está visto que o SPM não precisa. Dizem muitos descontentes e os muitos que se afastaram. Mas a rotura programática e de objectivos que nós entendemos ser inadiável e absolutamente necessária, não significará, NUNCA, uma rotura com as pessoas, até porque, é preciso que isto fique claro, todos são importantes para construirmos o futuro.
Dentro ou fora do SPM.
Na foto:
JOÃO SOUSA, candidato a Coordenador do SPM; GABRIELA RELVA, candidata à Presidência do Conselho Fiscal; MÓNICA VIEIRA, candidata a Vice-Coordenadora do SPM e HELDER MELIM, candidato à Presidência da Mesa da Assembleia Geral.

sábado, 4 de abril de 2009

PROGRAMA DE ACÇÃO (V)

CONCLUSÃO:
2.4.2 Acordos assumidos
  • Respeitar, defender e fazer cumprir a Moção de Orientação para o triénio de 2008 – 2011 e acordados pelo nosso 9º Congresso, que abarca todos os sectores;
  • Continuar processo de aquisição de uma nova Sede, respeitando acordos celebrados, desde que não ponham em causa a independência financeira e político-sindical do SPM;
  • Prosseguir na defesa dos princípios definidos para a Regulamentação do ECD-RAM, em sede de negociação.

Serviços do Sindicato

  • Actualizar a Base de Dados dos Sócios, de modo a poder comunicar facilmente com eles, em especial através de telemóvel e de correio electrónico;
  • Criar um sistema de “work group”, pelos serviços administrativos/executivo, com agendas partilhadas, agendamento de tarefas e reuniões, suportado pela plataforma tecnológica já existente;
  • Redefinir o modo de funcionamento dos Serviços Administrativos, por forma a potenciar as qualidades dos funcionários;
  • Reorganizar e abrir aos Sócios o espaço da Biblioteca;
  • Pôr a funcionar a biblioteca do sindicato, depois de ser reorganizada e actualizada;
  • Criar um clube de intercâmbio e troca de livros, material didáctico e audiovisuais entre os professores;
  • Criar um clube de leitura, para comentário e discussão de obras após a sua leitura;
  • Estudar a viabilidade, com outros parceiros, da criação duma editora que permita publicar e divulgar teses, trabalhos de investigação e outros produzidos pelos sócios;
  • Disponibilizar um Centro de Recursos, onde os sócios possam compartilhar e utilizar materiais didácticos próprios;
  • Constituir grupo de trabalho para analisar a viabilidade da construção de um Lar para Professores;
  • Constituir grupo de trabalho para analisar a viabilidade da criação duma cooperativa de consumo, que permita aos sócios o acesso directo aos revendedores;
  • Garantir aos sócios o acesso a consultas médicas e a exames complementares de diagnóstico a preços e em condições mais acessíveis do que os actuais.

    2.4.3.1 Atendimento
  • Melhorar a qualidade do atendimento administrativo através da aposta na formação dos funcionários administrativos;
  • Definir procedimentos standards de atendimento;
  • Criação duma ficha de controlo de qualidade do atendimento;
  • Reforçar o atendimento personalizado e com privacidade;
  • Criar um sistema de FAQ´s (sistema de respostas padronizadas) para as questões mais comuns que originem respostas semelhantes;
  • Incrementar o atendimento on-line e via e-mail;
  • Criação dum blogue (página INTERNET interactiva), onde estejam publicados assuntos de interesse para os sócios e onde estes tenham a oportunidade de exprimir a sua opinião, através de grupos temáticos de discussão;
  • Possibilitar atendimento regular na Ilha do Porto Santo.

    2.4.4 Formação
  • Melhorar a capacidade de resposta do Centro de Formação do SPM, colocando-o ao dispor das necessidades formativas dos professores e das escolas;
  • Promover e apoiar acções creditadas e validadas nas escolas que manifestem interesse na sua realização, incluindo o Porto Santo;
  • Pautar a oferta de formação em função de necessidades diagnosticadas, prosseguindo uma lógica de qualificação efectiva;
  • Estabelecer parcerias com outras instituições de formação, com o objectivo de diversificar a oferta formativa e partilhar recursos;
  • Enfatizar a formação avançada e certificada, nomeadamente MBA´s, Mestrados e Doutoramentos através de parcerias estabelecidas com entidades de ensino superior, de acordo com necessidades diagnosticadas, a preços acessíveis;
  • Criar mecanismos para o controlo efectivo da qualidade, da aplicabilidade e da eficácia da formação;
  • Estudar a possibilidade da criação de uma plataforma e.learning (ensino à distancia), que possibilite aos sócios a participação em acções de formação sem que isso implique deslocações;
  • Criar uma “bolsa de formadores” do sindicato, recrutando-os no corpo docente regional para dar formação, como forma de valorizar as competências dos nossos colegas;
  • Rever o Regulamento Interno do Centro de Formação do SPM, a fim de tornar a sua gestão transparente e democrática.

    2.4.5 Grupo de estudos e planeamento (orgão consultivo da Direcção) para:
  • Reflectir sobre e debater sistematicamente problemas e notícias da actualidade, relativos à educação;
  • Fazer com que o SPM tenha opinião formada, possibilitando eventuais tomadas de posição em tempo útil;
  • Emitir e divulgar periodicamente estudos sobre Ciências da Educação, bem como outros temas relativos à profissão;
  • Desenvolver a coordenação do boletim do SPM, do site e do blogue, gerando sinergias e eliminando redundâncias.

    2.4.6 Cultura
  • Desenvolver uma Plataforma de divulgação e promoção de eventos culturais com recurso às competências dos professores e educadores;
  • Realizar com regularidade actividades culturais que dinamizem os sócios e docentes em geral (exposições, tertúlia literária e concertos, entre outro eventos);
  • Promover concursos de artes plásticas, fotografia, poesia e em outras áreas da literatura e das artes;
  • Estabelecer protocolos com outras entidades, a fim de facilitar a divulgação e o acesso aos nossos eventos culturais.

    2.4.7 Departamento de Aposentados
  • Reforçar a oferta de actividades, consoante as necessidades apresentadas pelos colegas em inquérito a promover anualmente;
  • Estabelecer parcerias e intercâmbios com entidades regionais e não só, tendo em vista a criação de uma Universidade Popular;
  • Pugnar por uma aposentação digna e valorizada.

    2.4.8 Acção e intervenção sindical
  • Dar prioridade às questões pendentes da regulamentação do ECD-RAM, nomeadamente a avaliação de desempenho, sem esquecer as questões sectoriais, que deverão promover encontros/plenários;
  • Insistir numa Revisão Global do ECD-RAM, por forma a eliminar as matérias mais polémicas e gravosas;
  • Continuar a lutar pela recuperação do tempo de serviço “congelado”, caso a ALRAM não dê o melhor seguimento à petição;
  • Defender a escola pública como modelo de excelência para todo o sistema educativa, assente numa matriz democrática na sua gestão;
  • Colocar as preocupações com a qualidade da Educação e das aprendizagens como prioritárias porque a sua concretização passa também pela melhoria das condições e pela dignificação e valorização social do trabalho dos docentes;
  • Apostar no diálogo com a tutela na resolução de problemas, sem deixar de defender intransigentemente a classe docente e a escola pública de qualidade, inclusiva e democrática.

    Conclusão

Este é o Programa da Mudança, da Alternativa, a solução mais viável para o fortalecimento e renovação do SPM, tendo em vista melhor Servir os Docentes e a Educação. Não podemos continuar a adiar o inevitável. Os professores e educadores merecem um Sindicato moderno, mais respeitado, mais credível, mais combativo. Compete, agora, aos Sócios decidir. A 15 de Maio, vamos ter que tomar uma decisão: ou votam na mudança, na renovação segura, ou votam na continuação do que, comprovadamente, não serve ao SPM, aos docentes e à Educação.
A Candidatura «Fortalecer e Renovar para Melhor Servir os Docentes e a Educação», como provámos, tem um projecto, tem uma equipa e tem a esperança de alcançar muitos êxitos com e para os docentes!

A nossa vitória será a VITÓRIA dos professores e educadores!

sexta-feira, 3 de abril de 2009

O PERFIL DA NOSSA EQUIPA

Eis o perfil da nossa equipa de Candidatos:
  • Ousados, porque gostamos de quebrar as regras e de correr riscos. Mas também moderados e com bom senso.
  • Não temos medo de errar, mas planeamos as formas de ultrapassar os possíveis obstáculos.
  • Possuímos autoconfiança. Acreditamos nas nossas ideias e sabemos que as podemos colocar em prática.
  • Somos muito persistentes. Não desistimos facilmente perante as dificuldades.
  • Inspiramos os outros e sabemos criar uma rede de colaboradores à nossa volta.
  • Temos iniciativa e não ficamos à espera de ordens seja lá de quem for.
  • Não nos sentimos apenas dentro da organização mas sim dentro da sociedade.
  • Adoramos o que fazemos.
  • Somos intuitivos e analíticos. Sabemos ser racionais mas também sabemos utilizar a intuição.

CONNOSCO UM SPM MAIS FORTE E MAIS PRÓXIMO DOS EDUCADORES E PROFESSORES!

PROGRAMA DE ACÇÃO (IV)

CONTINUAÇÃO...
2.4. Compromissos para o SPM vencer os desafios futuros
Esta Candidatura tem um Programa de Acção, assente na Renovação, e tem uma Equipa competente e com a experiência suficiente para garantir uma mudança segura e cumpridora dos seguintes Compromissos:
2.4.1 Nova Postura
2.4.1.1 Transparência

O SPM adoptará um tipo de gestão aberta, com métodos e processos de tomada de decisão transparentes, em conformidade não só com os seus Estatutos e Regulamentos mas também inaugurando boas práticas, convite a uma participação mais regular e sistemática na acção interna, actuando com clareza em todas as circunstâncias, e assumindo uma prática de comunicação aberta e em tempo útil, cujo exemplo máximo será a publicação das actas das reuniões da Direcção.
2.4.1.2 Compromissos e novas responsabilidades
Servir melhor, procurando antecipar as necessidades dos sócios, de modo a produzir em tempo útil respostas às necessidades emergentes;
Escutar e dar respostas às preocupações e necessidades, oferecendo um serviço humanizado, fundado em padrões de comportamento ético, empatia e respeito pelo próximo;
Responsabilização pelos compromissos assumidos e pelos resultados das medidas implementadas.
Impedir a infiltração, manipulação ou apropriação do sindicato por partidos políticos ou por qualquer das formas de poder estabelecido, nacional ou regional.
1.4.1.3 Excelência e Inovação
Estimular a investigação e a participação de todos os sócios no desenvolvimento de soluções inovadoras para os problemas da profissão, baseadas no conhecimento profundo das realidades colectivas e singulares de modo a poder oferecer a resposta adequada a cada sócio, ultrapassando uma lógica apenas corporativista.
2.4.1.4 Comportamento ético e estético
Base para o reconhecimento e para a confiança social, prosseguindo mais elevados princípios de conduta ética e estética em todas as acções e decisões, colocando sempre em primeiro lugar a defesa da escola pública e o progresso do país;
Tomar posição pública sobre assuntos relevantes relativos à educação.
Representar a classe e o sindicato com o decoro e bom gosto expectáveis.
2.4.1.5 Inclusão
Considerar as necessidades de todos os sócios, na sua diversidade política, cultural, religiosa, de género, de idade e da sua situação profissional, combatendo as barreiras artificiais à igualdade de oportunidades, de acessos à progressão na carreira e a padrões dignos de qualidade de vida.
2.4.1.6 Responsabilidade social
Fomentar o diálogo e a colaboração com os representantes da comunidade, com as associações de pais e outros, na procura de soluções para os problemas da educação, fomentando um espírito activo de responsabilidade social e de cidadania democrática, com a consciência do nosso papel incontornável no presente e futuro da educação das novas gerações.
2.4.1.7 Partilha
Gestão colegial, promoção do trabalho em equipa, de partilha, do assumir de responsabilidades individuais e colectivas, da atenção ao pormenor, incentivo à iniciativa, à inovação, à confiança e à comunicação, procurando assim suscitar nos sócios um genuíno espírito de pertença, traduzido por uma interacção mútua e pela participação de todos.
2.4.1.8 Impulso para a melhoria contínua
Colocar inovação e criatividade naquilo que fazemos, contribuindo para desenvolver as melhores soluções e serviços e para alcançar os melhores resultados, procurando cumprir e mesmo superar as expectativas dos nossos sócios.
2.4.1.9 Valorização das pessoas e com as pessoas
Apostar no desenvolvimento pessoal e profissional dos nossos trabalhadores, capitalizando todo o conhecimento criado numa importante fonte de informação e diferenciação de todos, possibilitando uma resposta cada vez mais eficaz aos sócios.
2.4.1.10 Suscitar o surgimento de novas ideias e de novas dinâmicas no SPM
Através da limitação do número de mandatos da Direcção evitando uma indesejável profissionalização com o inevitável marasmo, perda de impulso e esgotamento de ideias e soluções.
2.4.1.1.1 Vínculo à Escola
Incentivo à ligação sistemática e regular às escolas de pertença por parte dos elementos da Direcção com redução parcial ou total para actividade sindical.

DEZ PRINCÍPIOS DE UMA CANDIDATURA

Perguntam-nos, com alguma frequência, nas visitas que temos vindo a realizar a muitos estabelecimentos de ensino da Região, o que nos diferencia da outra lista candidata à liderança do SPM. À questão, invariavelmente, respondemos: aquilo que é essencial. E o que é essencial corresponde a dez princípios.

  • A MUDANÇA DE COMPORTAMENTOS E A RESPEITABILIDADE DO SPM NA SOCIEDADE;
  • UMA ROTURA COM PROCEDIMENTOS DO PASSADO RECENTE QUE CONDUZIU MUITOS SÓCIOS A ABANDONAREM A FILIAÇÃO NO SPM;
  • A REORGANIZAÇÃO INTERNA DO SINDICATO E A APROXIMAÇÃO DOS SERVIÇOS PRESTADOS AOS ASSOCIADOS;
  • UMA RIGOROSA GESTÃO COLEGIAL TRANSPARENTE EM TODOS OS PROCESSOS;
  • DISTANCIAMENTO RELATIVAMENTE AO PODER POLÍTICO MAS COM IRREPREENSÍVEL CAPACIDADE NEGOCIAL;
  • A DEFESA INTRANSIGENTE DOS DIREITOS DE TODA A CLASSE;
  • SERVIR O SINDICATO E NÃO DELE SERVIR-SE ATRAVÉS DE UMA POSTURA DE RIGOR, INOVAÇÃO E QUALIDADE;
  • UM PROJECTO DE FORMAÇÃO ADEQUADO ÀS NECESSIDADES E SEM INTERESSES DE PERMEIO;
  • UMA OBSTINADA LUTA POR UM SISTEMA EDUCATIVO DE QUALIDADE, INCLUSIVO E DEMOCRÁTICO QUE DIGNIFIQUE E PRESTIGIE A CLASSE DOCENTE;
  • CUMPRIR, DE FACTO, A MOÇÃO DE ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA ACORDADA NO 9º CONGRESSO.

Estas são as linhas que nos distinguem. Dez compromissos que separam a CONTINUIDADE e a ROTURA, o PASSADO e o FUTURO.
Ambicionamos um Sindicato no qual os sócios se revejam e nele sintam orgulho.

CONCURSOS NACIONAIS (II)

Reafirmamos que um SPM forte teria, a nível regional, denunciado publicamente a situação de discriminação em que os colegas da Educação Especial concorrem para o Continente, impedindo assim que outras organizações encabeçassem esta contestação.
Os dirigentes actuais do SPM que integram esta Candidatura não poderiam propor uma posição forte relativamente à denúncia pública, na RAM, desta injustiça, porque simplesmente a mesma nunca foi posta à sua consideração em Comissão Executiva do Sindicato. Apenas foram informados dos contactos com a tutela que, como sabemos, não tem capacidade negocial com o Ministério da Educação.
Apresentar este exemplo de fraqueza do SPM, neste contexto eleitoral, é uma forma pedagógica de demonstrar como o Sindicato perde influência, por falta de intervenção e de denúncia pública, na Madeira, de situações gravosas para os nossos colegas. Este é um método leal e honesto de promover o debate sobre a melhor forma de fortalecer o SPM.
Levantar “fantasmas” e fazer insinuações de perigos de partidarização da nossa organização de classe, pelo contrário, é que é recorrer a métodos pouco ortodoxos de fazer campanha eleitoral!
De resto, que fique muito claro, o que dissemos e aqui reafirmamos não constitui qualquer ataque às pessoas mas a procedimentos e modos de actuação com os quais NÃO CONCORDAMOS.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

PROGRAMA DE ACÇÃO (III)


CONTINUAÇÃO...
2.2 Proposta de Soluções para os problemas identificados
As soluções para os principais problemas identificados passam, urgentemente, pela implementação de um novo projecto sindical, que devolva ao SPM a credibilidade de outrora, a respeitabilidade e o estatuto de instituição de referência da classe docente regional, assumindo-se como parceiro privilegiado na definição das políticas educativas.
É imperioso imprimir ao Sindicato maior dinamismo, maior acutilância e coragem, maior capacidade de diálogo e de negociação, maior intervenção, maior transparência e maior presença nas escolas, por forma a combater um certo comodismo instalado.
No fundo, o SPM precisa de MUDANÇA, de RENOVAÇÃO, de quebra de rotinas, de novas práticas; de planeamento e projecto em todas as áreas de intervenção; de se modernizar, de se organizar para poder dar resposta às exigências actuais; de ser conduzido por uma equipa consistente, coesa, solidária e trabalhadora, capaz de enfrentar com êxito os desafios dos tempos difíceis que vivemos.
2.3 Desafios imediatos
O SPM enfrentará, nos próximos tempos, alguns desafios decisivos, quer a nível de infra- estruturas, quer a nível da acção sindical.
A nova Sede aparece em lugar cimeiro nas preocupações do SPM, a nível interno, porque a concretização de sonho de várias gerações poderá acontecer no próximo mandato. Sem perder a sua independência financeira e político-sindical, acreditamos que este objectivo poderá ser alcançado.
Outro desafio importantíssimo que teremos que enfrentar, nos próximos tempos é a regulamentação do ECD-RAM, cujas matérias centrais continuam adiadas. Referimo-nos, em especial, ao modelo de avaliação de desempenho docente e ao procedimento de transição ao 6.º escalão, que vão exigir grande capacidade negocial e determinação na defesa dos interesses da classe e da Educação.
A concorrência desleal dos outros sindicatos de professores tem vindo a ser incrementada através de operações de marketing pouco éticas, muito pouco democráticas e nada sindicais, já que promovem campanhas de sindicalização à maneira comercial, com saldos e tudo... Um sindicato com acção sindical em todas as áreas de intervenção não pode dar azo a que os seus associados o troquem por outro apenas porque no nosso se verifica algum défice a nível da oferta de formação... mas tem de saber ouvir os apelos dos seus sócios relativamente à necessidade de fazer crescer e diversificar as ofertas de formação continua situando-as prioritariamente em contexto de escola.
A crise financeira que se vive actualmente, a nível global, coloca aos sindicatos dificuldades acrescidas, ao nível da negociação e da luta por melhores condições de trabalho. A estes compete encontrar novas formas de enfrentar estas dificuldades, encarando-as, desde logo, como um desafio.
O Congresso da FENPROF realizar-se-á no próximo ano e dele resultarão orientações estruturantes para a acção sindical docente no nosso país. O SPM teve um papel decisivo na definição da estratégia actual da nossa Federação e, inclusivamente, viu a sua representatividade aumentada, não podendo, de forma alguma, ver diminuída a sua influência sindical nessa magna assembleia.
A situação actual de descontentamento generalizado entre a classe docente, devido a um conjunto de ataques inqualificáveis à nossa dignidade profissional, proferidos pelo Ministério da Educação e, em parte, adoptados na RAM, cujo exemplo máximo é o ECD-RAM, tem levado muitos colegas para a aposentação antecipada. Logo, a resposta que o SPM tem de dar, ao nível do Departamento de Professores Aposentados, deverá ser intensificada, o que determinará um reforço da oferta de actividades de âmbito cultural e formativo e um crescente espaço de intervenção sindical.
Por outro lado, para os mais jovens é necessário criar as condições para que as suas reivindicações mais urgentes como a estabilidade profissional e o acesso à progressão na carreira em condições justas e dignas, se coloquem entre as acções sindicais prioritárias. A precariedade e o desemprego são flagelos que têm de ser resolvidos com a participação activa e empenhada de todos, num contexto mais amplo de soluções que terão na escola e nos seus profissionais um contributo essencial para a Região e para o País.
Temos de recuperar a credibilidade e acabar com o “cinzentismo”, pois só um Sindicato forte, renovado e respeitado pode enfrentar com garantias de êxito estes desafios! É por isso que apresentamos esta Candidatura, na convicção de que os docentes e a Educação ficarão bem servidos.
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CONCURSOS NACIONAIS

Os Professores e Educadores da Educação Especial que trabalham na Madeira e que querem concorrer para o Continente estão a ser prejudicados, nos concursos, face aos seus colegas do espaço nacional, pois entram apenas pela 4.ª prioridade.
Os dirigentes do SPM que coordenam a Educação Especial e os Concursos, candidatos pela lista da continuidade, perante esta grave situação de clara discriminação dos colegas que leccionam nesta Região, apenas pediram a intervenção da DRAE em vez de tomar uma posição de força. Como consequência, outros agarraram essa causa e estão a ganhar pontos.
Um SPM forte, como esta Candidatura preconiza, jamais deixaria injustiças destas caírem no esquecimento ou à espera que a SREC resolva, quando é sabido que o relacionamento desta com o ME é pouco produtivo para não dizermos inconsequente.

REVER O 1º CICLO COM OS OLHOS NA DIGNIFICAÇÃO DO PROFESSOR E DO ENSINO

“(…) Sem que se esqueçam as transformações democráticas operadas com a Revolução de Abril, é justo que se afirme que, de alguns pontos de vista, as escolas do 1º ciclo do ensino básico deste início de século não estão distantes daquelas que o País tinha no final da década de sessenta. De facto, Portugal, devido ao sistema político que durante décadas operou e nos isolou do resto da Europa e do mundo, ficou afastado de acompanhar a dinâmica assente no ritmo de mudança científica, tecnológica, económica e cultural que caracteriza o mundo actual e para o qual é preciso preparar os jovens”.
Maria Eulália Henriques, in Escolas, Famílias e Lares, 2007.
É evidente que não está aqui em causa o investimento nos edifícios escolares mas o quadro em que o processo ensino-aprendizagem se operacionaliza. Está em causa a organização interna de cada estabelecimento de ensino, a organização curricular e programática. O que está a acontecer de negativo e que muitos se lamentam não pode ser imputado aos professores mas a quem tem tido a responsabilidade de governar.
A Escola básica não pode ser um espaço para dar resposta a tudo o que passa pela cabeça dos governantes. Desde a prevenção rodoviária às questões do ambiente. Tudo, mas tudo, está a cair sobre os ombros dos professores como se eles fossem os remediadores do que outros não conseguem resolver. A Escola, no plano da sua autonomia, terá de saber diferenciar o essencial do acessório e construir a sua própria dinâmica, a sua própria identidade, no sentido de oferecer aos jovens uma formação básica de qualidade irrepreensível. E neste aspecto, o Sindicato, sob a nossa responsabilidade, terá uma postura firme na defesa dos Colegas que, muitas vezes, acabam por ser os bodes-expiatórios da incapacidade de quem tem a responsabilidade de equacionar e definir linhas de actuação.