segunda-feira, 6 de abril de 2009

NÃO QUEREMOS UM SINDICATO TIPO "TIMEX" QUE NÃO ADIANTA NEM ATRASA!

Curiosamente, foi com a diplomacia e com as atitudes conciliadoras que o poder político tomou o “freio nos dentes” e tem feito o que quer e entende da classe docente. Foi assim em todas as matérias mais problemáticas e que acabaram por resultar em nítido prejuízo para a classe docente.
Isto só aconteceu e acontece porque sabem que o SPM está fragilizado, não tem força negocial e a sua base de apoio não está suficientemente mobilizada para que seja respeitada.
A questão não está, por isso mesmo, em ser dócil mas, fundamentalmente, em conquistar os sócios, não para lutas acéfalas e sem sentido, mas para trazê-los para um espaço de conhecimento e de intervenção para que o poder político nutra respeito. Neste momento, infelizmente, a constatação advinda da prática, é que não têm respeito pelo SPM. O Estatuto da Carreira Docente, entre outros importantes dossiês, constitui um exemplo claro que o poder político, finge à mesa das negociações e, depois, faz como quer e entende. Portanto, não podemos persistir no erro, nas atitudes frouxas face às quais perdemos sempre. O que o SPM precisa é de uma direcção que, primeiro, mobilize os associados para que eles sintam que ao pagar as quotas no final de cada mês, está unido e participativo em torno de causas comuns e que tem, depois, um SPM capaz de discutir e de negociar com firmeza as questões de natureza profissional. Quando assim acontece o poder, seja ele qualquer for, que normalmente é inteligente para levar a água ao seu moinho, passa a nutrir outra atenção e cuidado negocial.
Quando se atinge este patamar de respeito bilateral, então sim, a diplomacia, o bom senso e uma visão aberta e não sectária torna-se fundamental. Até porque, como já referimos em outro momento, numa verdadeira negociação todos perdem para que todos possam ganhar.
Connosco será assim, não estaremos na vida sindical numa lógica tipo “timex” que não adianta nem atrasa!