"(...) Urge repensar a Escola, a sua organização e o seu funcionamento. Há que estudar novas estratégias de acção e de interacção, repensando modos sinérgicos de actuação, de criação ou de actuação em redes a nível social e local, para a Escola poder resistir às crises e de modo dialógico e solidário, enfrentar as solidões e as dificuldades, aligeirando o peso destas e fazendo a sua própria inclusão pessoal, social e local".
Pedro Silva, in Escolas, Famílias e Lares.
O SPM liderado pela nossa equipa terá, obviamente, preocupações a este e outros níveis. A nossa postura sindical não ficará, apenas, pelas questões tradicionais que enformam o sindicalismo. Queremos assumir uma postura de vanguarda, onde ao lado dos aspectos que profissionalmente nos preocupam, se desenvolvam processos tendentes a influenciar o debate em torno da reorganização da Escola e do seu funcionamento. Todos nós estamos fartos, por exemplo, da burocracia que nada adianta em termos de aprendizagem. Fartos de uma autonomia mitigada. Fartos de quererem impor modelos contrários ao interesse que consubstancia a libertação da Escola no que diz respeito à diferenciação pedagógica. Fartos de uma inspecção pedagógica que se preocupa com o sumário, a acta, o dossiê, etc., e que se esquece ou passa ao lado do essencial da Escola. Fartos da indisciplina e da má educação. Estes são alguns exemplos.
É por isto e muito mais que a nossa equipa quer ir muito mais longe e ouvir, interferir, debater e ser um parceiro audível junto da tutela. Não nos vamos substituir a ninguém mas lutaremos por uma Escola onde todos nós sintamos que vale a pena a profissão que abraçámos. Juntos vamos conseguir.