"COMO PODE UMA ESCOLA SEMPRE IGUAL COMPETIR COM A VIDA QUE É SEMPRE DIFERENTE?
O DESENCONTRO É INEVITÁVEL".
Professor Doutor Paula Brito.
Na mesma década (60) em que o académico Paula Brito sublinhava esta preocupação, Georges Gusdorf (1963), sublinha o Professor António Teodoro, autor do livro "Professores, para quê? - Mudanças e Desafios da Profissão Docente", Edição Profedições (2006), que Gusdorf interrogava-se no mesmo sentido "perante a miríade de transformações tecnológicas que se adivinhavam ou estavam em curso". Como resposta, Gusdorf avançava a sua convicção de que a relação mestre-discípulos continuaria a afirmar-se como dimensão fundamental do mundo humano. Embora, recorrentemente, se admita a morte do professor (Lyotard, 1987), o pensamento hegemónico nas sociedades centrais vai em sentido diverso, ou seja, o reforço da presença da Escola na Sociedade com a generalização do conceito de educação ao longo da vida. Previsivelmente, o que se acentuará na próxima década será a contradição entre a forma escolar e o exercício da actividade docente próprias da modernidade".
É dentro deste quadro de referências que nos situamos. Neste tempo de turbulência e de uma Escola que, apesar do significativo esforço dos docentes, continua, estruturalmente, em desencontro com a vida, que todos nós somos convidados a participar nas mudanças que se impõem no sentido da valorização da nossa profissão e do tal "reforço da presença da Escola na Sociedade". E aqui há um longo trabalho sindical que está por fazer a todos os níveis de intervenção. NÓS QUEREMOS ABRIR ESPAÇO NESSE SENTIDO!